E as brumas das incertezas se dissiparam
E na décima segunda badalada
As máscaras caíram
O salão cheio de espelhos
Mostrou silhuetas sem rostos
Molduras adornadas para almas vazias
E eu era a única alma viva
Dentre tantos naquele baile
A unica imagem refletida no espelho
E aqueles olhos profundos e sedutores me hipnotizaram
E seus lábios desejavam meu sangue doce
Eu estava no covil do morcego, daqueles que fogem da cruz
A lua brindava ao banquete
As lágrimas me escorriam na face pálida
O coração acelerado, suplicando aos céus por ajuda
O meu vestido cor de fogo e os lábios pintados, rubros.
Eram um convite, eu era o banquete
Eu era a corça e eles os lobos
A máscara caiu, meu bem, não se esconda mais nas sombras do quarto
Eu vi seu pior ângulo, sua silhueta sem rosto no espelho
Eu sou a luz, o amor e a vida, não roube isso de mim
Sinto muito, meu caro, mas está é a última noite em que serei seu banquete
Sua máscara caiu, eu vi seus olhos negros desejarem meu pescoço
Não por amor ou desejo, mas por sede de sangue
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