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Circe Offering the Cup to Ulysses. Artista: John William Waterhouse |
Segundo a Wikipédia: Circe era, na mitologia grega, uma feiticeira, em versões racionalizadas do mito, uma especialista em venenos. Também aparecia como uma Deusa ligada à feitiçaria, assim como sua mãe Hécate. Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, e caldeirões.
Não li a Odisseia, mas, vi o filme diversas vezes na infância. Lembro que cada lugar que os argonautas iam havia uma provação, ou algo que lhes fizesse perder tempo e homens da tripulação de Argo, Eram ilusões que os envolviam, magias e mulheres enebriantes! Sinto que esses anos que não pude escrever livremente foram como as distrações e provações que os argonautas passaram, e sempre havia uma Circe com suas magias e poções para desviar minha atenção transformando-me em algo que não gostaria de ser.
Passei por muitas coisas nesses últimos dois anos, principalmente a partir do início de 2015 quando entrei pra faculdade e minhas leituras ficaram voltadas para as disciplinas que cursava. Quando comecei a estagiar meu ânimo diminuiu, Auxiliar de Turma é meio
Saí do trabalho, estava me sentindo sobrecarregada, e logo depois veio o término do namoro (que expliquei a cima), achei que as coisas iriam ficar bem, mas não. Foi quando veio a vontade de morrer. Eu acordava todos os dias querendo morrer, sumir, me entupir de remédios ou
Nesse meio tempo eu comecei uma bolsa de pesquisa na faculdade mesmo, com um professor meio doidinho (tem muita gente que não gosta dele, mas eu gosto e me sinto bem trabalhando com ele e com a equipe dele). Com a bolsa e as leituras proporcionadas pelas aulas desse professor pude entender algumas coisas: provavelmente minha mãe teve depressão pós parto, de forma que o objeto que necessitava ser protegido ao extremo de todos os males era eu, esse é um dos sintomas ou tipos de depressão pós parto. Ou a mãe não quer mais a criança, adquire nojo ou bloqueia tudo relacionado a ela, ou ela a sufoca de atenções. Isso causa agitação e uma raiva inconsciente na criança ou a interiorização profunda, que é quando a criança pouco fala, tem muito medo e tende a ter depressão ao longo da vida. Minha mãe tem seus traumas, passou por seus problemas durante os 30 anos de vida antes do meu nascimento, é normal que traga algo para a minha criação. Todas as pessoas, aparentemente, tem seus traumas e impõem consciente ou inconscientemente a seus filhos. Lidem com isso. Sabendo disso fez diminuir minha raiva de ser tão privada de certos passeios da escola ou entre amigos por medo de que algo ruim pudesse me acontecer. Ainda temos nossas divergências, sim, mas estamos nos ajeitando. Afinal, família é sempre família!
Teve também, agora dia 22 de junho, o falecimento da minha tia avó tão amada! Ela lembrava a Muriel, dona do Coragem (de Coragem o Cão Covarde). Dizia que era uma vovó de contos de fada, era doce e atenciosa. Minha avó não era muito próxima disso, e apesar de conviver muito com ela, sempre amei incondicionalmente minha tia flor
A morte dela encerrou um ciclo dentro de mim, eu não era eu no ultimo um ano e meio. E aos poucos as coisas voltaram para seu lugar. Eu abri o guarda roupa e senti falta de um moletom, coloquei minhas velhas flanelas, voltei ao blog, a escrever, a ouvir músicas que não ouvia nos últimos meses. Senti falta de ficar em posição fetal na cama dos meus pais assistindo filmes. Senti falta de tantas coisas e pela graça dos deuses pude voltar a fazer. Reencontrei minha fé. Reencontrei minhas unhas compridas, meu cabelo da cor natural, meu all-star preto surrado, reencontrei a mim mesma no caos que causei por conta das confusões que passei. Com isso, estou assumindo a responsabilidade do BEDA (Blog every day August), em ler, ter tempo para me cuidar, para sair, conhecer coisas novas, rever coisas antigas, buscar minha fé e restabelecimento completo emocional e psicológico. As pessoas estão estranhando que eu ando mais cala, mas não estou assim por tristeza, mas por não ter o que falar e estar farta de ser menosprezada por ter essa maldita ansiedade de contar as coisas que eu aprendi para as pessoas. Espero não sumir mais. Desculpem pelo grande texto de desabafo, mas precisava falar disso nesse momento!
Bom final de férias de inverno para todos!
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